domingo, 17 de fevereiro de 2013

O guia do mochileiro das Galáxias

NÃO ENTRE EM PÂNICO!!

 Calma, relaxe e curta a galaxia (por menos de 30 dólares altarianos por dia, é claro).

 Livro - Brasil: O guia do mochileiro das galáxias
          - Reino Unido: The Hitchhiker's Guide to the Galaxy

 Série: Trilogia de cinco

 Autor: Douglas Adams

 Editora - Brasil: Arqueiro
             - Reino Unido: Pan books

 História: Arthur Dent, em um roupão enlameado, começa sua jornada na galáxia tentando evitar a demolição de sua casa, o que não tem muito sucesso pois seu amigo Ford Prefect anuncia a destruição da terra e leva Arthur a um pub para se salvarem do fim da Terra.
 Como se não bastasse, eles pegam carona com os Vogons, criaturas primitivas, burocráticas e com o terceiro pior poema de toda a Galáxia.
 Após uma sessão de tortura eles são jogados em uma câmara de vácuo para serem jogados no espaço. Será que a descrição da Terra no Guia morrerá com o único sobrevivente terráqueo ou algo extremamente improvável pode estar acontecendo com o universo?

N.A. : eu tenho um roupão verde que usei de fantasia uma vez =D

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Leonard Snicket

 Esse é o texto que um amigo meu publicou no Facebook, me sinto na obrigação de publicar e deixar guardado para a posteridade...

*texto sem título*

 As palavras finais de Leonard Snicket não soaram como planejara. Ao contrário, produziram efeito inversamente oposto a suas expectativas. Talvez um súbito erro de crase, ou quem sabe um trágico desvio de pontuação. É fato apenas que no dia Azul Escuro do ano Abóbora, precisamente as quatorze horas do século Constantinopla, o submarino espacial ao comando do Capitão Leonard Snicket desapareceu misteriosamente nas profundezas inexploradas da galáxia oriental. Na Terra nem o mais míope dos cartógrafos encontrou nos históricos da telemetria qualquer pista que apontasse o paradeiro da SS Horse W. No N., suspensa estática no vácuo silencioso do outro lado da Criação.

 Mesmo depois de ensaiar as peças e autos de Sardino - E posteriormente traduzi-las para o Esperanto, Leonard Snicket sentia-se profundamente desocupado. Por isso recalibrou as válvulas do quadro de controles e checou os mostradores uma terceira vez. Dezoito libras redondas. Então pegou um tubo de gelatina sabor rosbife e juntou-se a seu primeiro oficial, o cachorro cosmonauta Rinti, para um último carteado antes do jantar.

 Você não teria um Rei de Copas, perguntou ao cão, teria? Em resposta Rint não esboçou qualquer reação que diferisse em gênero ou grau do costumeiro ar de euforia e desprendimento. Fez sua jogada. Havia cinquenta dias que vagavam à deriva pelo espaço vazio. Nesse meio tempo, enquanto Leonard esquadrinhava os mapas em sua escotilha, Rint revelou-se um exímio jogador de poker texano, superando com maestria bípede nunca antes vista os estratagemas tricromáticos de seu compatriota humano. Dobrou a aposta.
 Eventualmente o já mencionado Leonard Snicket muito se entretinha em puxar a alavanca que fazia baixar o periscópio, através do qual podia - com alguma dificuldade, vislumbrar o Universo em sua infinita inércia de entropia e destruição. Por hora contentava-se com a gelatina de rosbife, e quem sabe uma de espaguete.
 Virou as cartas. Aparentemente a Tetrarquia de Reis acabou por derrotar o liberalismo francês de sua trinca de oitos, legitimando sua teoria sobre a história estar em constante repetição. Por fim registrou suas conclusões e mais uma porção de metáforas náuticas e aspirações pessoais no diário de bordo do Capitão, encerrando o capítulo Um de suas viagens pelo espaço com um medido ponto final.




A.J.T.